Com o intuito de maximizar a eficiência de suas operações e atender ao crescimento da demanda global, a Vale está desenvolvendo várias iniciativas para obter economias de escala. A companhia aponta que uma infraestrutura logística altamente eficiente constitui-se em elemento-chave para a competitividade no mercado de minério de ferro. Os navios encomendados farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da empresa no Brasil e os clientes asiáticos. Os mineraleiros têm alto padrão de segurança e contribuirão para reduzir o custo de transporte transoceânico de minério de ferro para as empresas siderúrgicas.
Além dos 19 navios próprios de 400 mil toneladas, a Vale terá, ainda, outros 16 navios com as mesmas dimensões, com operação exclusiva para a empresa em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Esses 35 navios deverão ser entregues entre 2011 e 2013.
“Com a nossa frota de navios próprios e contratados conseguimos diminuir a volatilidade no mercado de frete. A volatilidade afeta não somente o preço do frete, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do minério será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos”, afirma o diretor executivo de marketing, vendas e estratégia, José Carlos Martins.
Do conceito ao projeto básico, a engenharia dos maiores navios mineraleiros do mundo é brasileira. A companhia destaca que o desenvolvimento do projeto representou um enorme desafio tecnológico em termos de inovação e o resultado foi atingido. O Vale Brasil permite uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, adequada aos portos mais modernos do mundo, além de reduzir as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada.
O Vale Brasil consolida um longo processo de investimentos que a Vale, historicamente, vem realizando em infraestrutura. “Não paramos de investir e inovar. Os investimentos da Vale em infraestrutura são os maiores da história do país, resultando em uma logística eficiente para os nosso clientes. Foram US$ 9 bilhões nos últimos seis anos e, somente em 2011, serão US$ 5 bilhões de investimentos na cadeia integrada mina-ferrovia-porto-navegação”, afirma o diretor executivo de operações integradas, Eduardo Bartolomeo.
Encomendas
Nos últimos dois anos, a Vale encomendou a construção de 51 embarcações, entre rebocadores, comboios fluviais e catamarãs, a estaleiros nacionais, contribuindo para o aquecimento da indústria naval brasileira, com a geração de 2.465 empregos diretos e indiretos e investimento de R$ 403,9 milhões.
São 15 rebocadores encomendados no Brasil, sendo 11 construídos no estaleiro Detroit, em Itajaí (SC) e outros quatro no estaleiro Santa Cruz, em Aracaju (SE). Desse total, 12 embarcações já foram entregues à Vale. Os rebocadores serão alocados às operações do Complexo de Tubarão (ES), do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), do Terminal da Ilha Guaíba - TIG (RJ), do porto de Vila do Conde e de porto Trombetas (PA). Com a nova frota, a Vale passará a operar um total de 29 rebocadores.
A companhia destaca que a nova frota de rebocadores possui alta potência e capacidade de manobra, o que contribuirá para o aumento da produtividade dos portos, além de proporcionar mais segurança às manobras de atracação e desatracação dos maiores navios mineraleiros que operam hoje no mundo. Somente com a construção dessas embarcações serão gerados 1.530 novos empregos, entre diretos e indiretos.
Além dos rebocadores, estão em construção no estaleiro Rio-Maguari, no Pará (PA) dois comboios fluviais, formados por dois empurradores e 32 barcaças, e dois catamarãs no estaleiro Arpoador, em Angra dos Reis, para transporte de empregados do Terminal da Ilha Guaíba, totalizando 51 embarcações. As encomendas devem ser entregues ainda este ano. A construção dos comboios e catamarãs vai gerar 695 empregos diretos e outros 140 empregos indiretos.
Log-In
A Vale está constantemente avaliando oportunidades de construção de navios de diferentes portes no Brasil. Sua empresa coligada, Log-In Logística Intermodal, por exemplo, tem encomendas de sete navios ao Estaleiro Ilha S/A (EISA), no Rio de Janeiro, sendo cinco porta-contêineres e dois graneleiros. As encomendas da Log-In vão gerar cerca de seis mil empregos diretos e indiretos. O investimento total nas embarcações é de cerca de R$ 1 bilhão.
Fonte: www.portosenavios.com.br
Data: 06/05/2011