Segundo o diretor-geral da MVC, Gilmar Lima, a operação deve gerar R$ 5 milhões em 2012, ou 2,5% da receita líquida de R$ 200 milhões estimado para o exercício. Para 2015, a previsão é que a participação do novo segmento avance para cerca de 10% de uma receita total projetada de R$ 400 milhões.
A MVC vai fornecer os bicos dos aerogeradores, peças com 4,2 metros de altura. Serão dez unidades este ano, com a primeira entrega programada para daqui a duas semanas. A partir do segundo semestre de 2012 ela fabricará também o corpo dos equipamentos, que fica integrado ao bico, e o volume total deve chegar a 150 peças no acumulado de 2012, disse Lima.
Conforme o executivo, a empresa quer aproveitar a onda de investimentos em energia eólica no Brasil e vinha fazendo estudos sobre o setor há pelo menos oito anos. Durante esse período, fez contato com diversas fabricantes de aerogeradores no mundo, como a alemã Wöbben e a indiana Suzlon, até fechar o acordo com a Gamesa.
Os investimentos realizados no desenvolvimento dos novos produtos chegaram a US$ 5 milhões, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, informou Lima. A expansão da fábrica em São José dos Pinhais custou mais US$ 1 milhão.
A MVC deve contratar de 80 a 100 pessoas no ano que vem para trabalhar na nova linha, ampliando o quadro atual de 720 funcionários. A previsão da empresa para 2011 é somar uma receita líquida de R$ 167 milhões (com 70% de participação do segmento automotivo e 30% da construção civil), ante R$ 104 milhões em 2010.
Fonte: Valor Econômico
Data: 24/03/2011