"Nós consideramos aqui (o Brasil) a nossa casa, é uma história de sucesso. Os volumes no país cresceram mais rápido do que a infraestrutura podia comportar e precisamos de medidas para resolver isso, mas nenhum desses problemas nos levará a deixar de operar aqui. Muito pelo contrário, continuaremos investindo", garantiu o diretor superintendente do Hamburg Süd no Brasil, Julian Thomas.
Não está definido em quais rotas as embarcações serão empregadas, mas tudo leva a crer que será no serviço com o Extremo Oriente - o que mais tem crescido nos últimos anos. A previsão é que as entregas dos navios comecem a ser feitas em maio de 2013 e eles sejam incorporados à frota do armador na sequência.
As embarcações foram desenhadas especialmente para atracar nos principais portos concentradores brasileiros, que estão em processo de aprofundamento pelo programa de dragagem da Secretaria de Portos (SEP). Com o objetivo de eliminar restrições de operação, o armador apostou no aumento da largura do navio (48,2 metros) para evitar crescer o calado. "O calado máximo das embarcações será de 13,5 metros, para que os portos brasileiros possam atender plenamente", disse Thomas.
Atualmente, os maiores navios de contêineres com operação regular na costa leste da América Latina são os da classe "Santa", da própria Hamburg Süd. As embarcações fazem o transporte de e para os países asiáticos. São 10 novos porta-contêineres que ainda estão sendo incorporados ao portfólio da companhia. "Todos estarão em operação até o início do ano que vem", disse Thomas.
Nos últimos 30 anos, a evolução do tamanho dos navios acompanhou a escalada do comércio exterior. Lançado em 1981, o Monte Rosa tinha oferta para 1.200 Teus. Em 1990, o Cap Trafalgar comportava 2 mil Teus. De lá até chegar aos "Santa", foram mais duas famílias.
Fonte: Valor Econômico
Data: 24/03/2.011