Fonte: Nicomex Notícias
Data: 11/02/2011
O Ministério do Trabalho interditou ontem a plataforma Cherne II, da Petrobras alegando más condições no local. Inspeção realizada por fiscais determinou precariedade no sistema de combate a incêndio, ausência de iluminação de emergência, insuficiência do ar condicionado, falta de inspeções nos separadores atingidos pelo incêndio do dia 19 de janeiro, e de barreiras de contenção. Na ocasião do acidente, as operações foram paralisadas, mas retomadas no início de fevereiro. No entanto, após a volta da produção, os trabalhadores denunciaram as más condições da plataforma. Em nota, a Petrobras se disse surpreendida pelo laudo da Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. “No entendimento da Petrobras, nenhum dos pontos levantados pelo Sindicato e pela SRT/RJ representa risco que justifique a interrupção da operação da plataforma. Eles já faziam parte da relação de itens que serão verificados durante a parada de manutenção, que será realizada no final de fevereiro, segundo programação feita em novembro de 2010”, diz o comunicado. Apesar do posicionamento, a estatal afirmou que vai cumprir a exigência do Ministério e já iniciou os procedimentos técnicos para paralisar o funcionamento da plataforma.
Fonte: Nicomex Notícias Data: 11/02/2011
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A GE Oil & Gas fechou dois contratos com a Petrobras, totalizando US$ 50 milhões, para o fornecimento de 171 sistemas de cabeças de poço submarino e ferramentas de instalação. Os equipamentos serão produzidos na fábrica da empresa em Jandira (SP) e serão instalados nas bacias de Campos e de Santos.
O primeiro contrato prevê a entrega entre junho de 2011 e junho de 2012 de 40 sistemas de cabeça de poço modelo MS-700 e de 16 do tipo MS-800. Pelo outro contrato, a GE Oil & Gas entregará 80 conjuntos de e ferramentas de instalação MS-700 e 35 conjuntos MS-800, entre setembro de 2011 e novembro de 2012. Fonte: Energia Hoje Data: 31/01/2011 O gerente geral da Universidade Petrobras, Ricardo Salomão, participou na manhã da última quinta-feira (27/01), em São Paulo, do 9º Fórum de Debates Brasilianas.org. O evento visa discutir a importância da integração entre as empresas e universidades para a formação e qualificação de mão de obra especializada.
No primeiro painel do dia, sobre o tema “Universidade e empresa: estratégias para uma relação saudável”, Salomão destacou a importância do compartilhamento de conhecimento e de recursos como instalações físicas e material didático. “A chave para uma aproximação entre instituições e empresas é o compartilhamento e, por isso, a proposta da Universidade Petrobras é ter uma grande rede que compartilhe soluções educacionais”. Salomão detalhou o perfil dos funcionários que atuam hoje na Petrobras, com 14% de empregados na faixa etária de 25 a 29 anos, 11% entre 40 e 44 anos e 20% entre 45 e 49 anos de idade. “Em 10 ou 15 anos, no máximo, uma nova geração estará dirigindo a Companhia, por isso é muito importante que haja compartilhamento de informação entre estas gerações”, destacou o executivo. O executivo acredita que as soluções mais eficazes para acelerar a transferência de conhecimento entre estes profissionais que possuem visões e comportamentos diversos se darão por meio do ensino à distância, táticas de mentoring, coaching e treinamentos continuados, entre outras ferramentas que a Companhia já desenvolve internamente e em parceria com a comunidade acadêmica. Também participaram da mesa o jornalista, Luís Nassif, diretor presidente da Agência Dinheiro Vivo; e o vice-presidente de Inovação para a Dupont América Latina, John Julio Jansen. O 9º Fórum de Debates Brasilianas.org é organizado pela Dinheiro Vivo Agência de Informações e conta com patrocínio da Petrobras. Sobre a Universidade Petrobras Criada em 2004, a Universidade Petrobras (UP) foi um importante passo para que a Companhia dispusesse de um projeto de desenvolvimento de recursos humanos em dia com o conceito de aprendizado contínuo. O modelo de desenvolvimento de recursos humanos da UP alia a competência e a experiência dos altos quadros da Companhia com o que há de mais moderno em tecnologia aplicada à educação. A Universidade Petrobras é composta por cinco escolas, englobando as áreas de Exploração e Produção, Abastecimento, Gás e Energia, Engenharia e Tecnologias e uma Escola de Gestão e Negócios. A UP também conta com coordenações exclusivas para a Área Internacional e Programa de Formação. Outro grande destaque é o Campus Virtual, área dedicada ao ensino à distância que desenvolve soluções educacionais utilizando diversos suportes multimídia. Toda a infraestrutura física das escolas é oferecida pelos Campi Rio/São Paulo e Salvador/Taquipe, que dispõem de salas e equipamentos e prestam serviços para o melhor rendimento dos cursos. Fonte: Lexpetrolea Data: 01/02/2011 A Noble Corp. fechou um memorando de entendimento com a Petrobras para substituir a sonda Noble Muravlenko pela sonda Noble Phoenix, atualmente sob contrato com a Shell no Sudeste da Ásia. A decisão foi tomada por conta de problemas de confiabilidade da unidade que está no país.
Pelo acordo fechado entre as duas empresas, a Noble Phoenix vai operar para a estatal até 2015 pela diária de US$ 290 mil, mais um prêmio de 15% por produtividade. A expectativa é que a aceitação da unidade, que será analisada pela Petrobras, aconteça até o quarto trimestre do ano. Até lá, a Noble Muravlenko continuará operando no Brasil. A operação ainda depende da aprovação do Conselho de Administração da Petrobras. A Noble Corp. também decidiu cancelar as obras de upgrade que faria na Noble Muravlenko no Brasfels, em Angra dos Reis. A empresa está agora buscando oportunidades comerciais para a unidade. Os projetos de modernização das sondas Noble Leo Segerius and Noble Roger Eason estão mantidos e devem acontecer no Brasfels. A Noble Leo Segerius deve ir para o estaleiro, de acordo com a empresa, ainda no primeiro trimestre do ano. Fonte: Lexpetrolea Data: 28/01/2011 Osgestores de recursos Silverado e Performa lançaram o primeiro fundode investimento em participações (FIP) direcionado exclusivamentepara empresas fornecedoras da Petrobras. O fundo deve captar R$ 200milhões.
Acaptação dos recursos deve ser concluída no final de janeiro. Aexpectativa do fundo é adquirir participações minoritárias emoito a dez empresas fornecedoras de equipamentos ou serviços, comaportes variando entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões. OFIP do Silverado/Performa é o terceiro destinado ao setor deEnergia, que engloba o segmento de Óleo & Gás. Nos casos dosFIPs do Modal e do NSG, não há restrição à aquisição deempresas que ainda não estejam fornecendo para a Petrobras. Ospróximos FIPs direcionados para fornecedores da Petrobras deverãoser os dos gestores Plural e Fidúcia, com lançamento esperado parao primeiro semestre desse ano. Juntos, os dois fundos deverão captarcerca de R$ 1,2 bilhão. Fonte:Agência Lexpetrolea Data: 21/01/2011 Ofertas públicas de ações movimentaram US$ 11 bi em 2010; no anoanterior, volume havia sido de US$ 1,6 bi - Consumo crescente empaíses emergentes e elevada estabilidade de preços alavancaram osetor de petróleo e gásDiantedo consumo crescente em países emergentes e da estabilidade depreços em níveis elevados, o ritmo de negócios no setor depetróleo e gás recuperou, em 2010, o patamar pré-crise.
Asperspectivas para 2011 são de cotações mais altas (até o pico deUS$ 100 o barril) e de demanda ainda bastante aquecida. As conclusõessão de estudo da consultoria Ernst & Young, obtido pela Folha. Ocenário favorável, diz a consultoria, permitiu o crescimento de 50%no número de fusões, aquisições e associações entre empresas dosetor. Somente em ofertas públicas de ações foram registradas 45aberturas de capital em Bolsas do mundo (como o a da brasileira HRT),ante apenas 17 em 2009. Os IPOs (ofertas iniciais de ações, nasigla em inglês) movimentaram US$ 11 bilhões -em 2009, o valorhavia sido de US$ 1,6 bilhão. "O que se viu foi uma retomadaconsistente do setor em 2010, puxada principalmente pelo consumo dospaíses emergentes, liderados pela China", afirma Carlos Assis,sócio da Ernst & Young, responsável pelo setor de óleo e gásno Brasil. Para garantir o suprimento de petróleo no longo prazoe assim sustentar seu crescimento econômico, as estatais chinesasprocuram negócios ao redor do mundo. No fim de 2010, a Sinopeccomprou uma fatia de 40% dos negócios da espanhola Repsol por US$7,1 bilhões. Assis diz que as fusões e as aquisições de 2010envolveram ativos (reservas de óleo, refinarias etc.) e empresas depaíses desenvolvidos, mas sempre impulsionadas pelo cenário demaior consumo nos emergentes. REFINOE DISTRIBUIÇÃO Outro movimento detectado foi a saída dasgrandes companhias privadas internacionais das atividades de refino ede distribuição -tendência que vai na contramão da Petrobras, queinveste em cinco novas refinarias e na sua rede postos. Exxon eChevron, por exemplo, venderam suas redes de postos no Brasil nosúltimos anos. "Para a Petrobras, faz sentido porque uma desuas missões é atender ao mercado interno, e há a perspectiva deaumento da produção de óleo com o pré-sal", ressaltaAssis. A estatal brasileira argumenta que a maior parte de suareceita vem do mercado doméstico, onde consegue as melhores margensde lucro no conjunto das operações -apesar do refino ter baixoretorno em alguns períodos. Para Assis, um dos desafios daPetrobras no pré-sal será o maior risco operacional por conta dascondições adversas (maior distância e profundidade das reservas) eda exigência, imposta pelo novo marco regulatório, de a estatal sera única operadora com 30% dos consórcios. Ou seja, ficará acargo dela todo o gerenciamento da prospecção e produção de óleoe gás. "Com mais operadoras, o risco é diluído." Fonte:Folha de S.Paulo Data: 21/01/2011 Diante da incapacidade da indústria brasileira de atender a demanda por equipamentos e dos altos preços praticados no país, a Petrobras quer reduzir de 65% para 35% a meta de utilização de itens e serviços nacionais na exploração das novas reservas do pré-sal.
Segundo a Folha apurou, a estatal já pediu ao governo para rever as chamadas metas de nacionalização, um compromisso de campanha de Dilma Rousseff. O tema da nacionalização no setor de petróleo é recorrente desde a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Programa de televisão do então candidato criticava a Petrobras por encomendar plataformas em Cingapura durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Ainda no governo, Lula era um entusiasta do aumento da nacionalização. No final de 2010, durante inauguração da P-57, no Rio de Janeiro, Lula desafiou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, a aumentar o conteúdo nacional de plataformas, chegando a projetos 100% brasileiros. A plataforma fora construída partir do casco de navio holandês convertido em um estaleiro de Cingapura. PRÉ-SAL O pedido de redução da participação local se restringe às áreas do pré-sal cujos contratos ainda não foram firmados e não afeta os acordos já feitos. O Ministério de Minas e Energia agora estuda a flexibilização da regra. Reuniões entre a Petrobras e o ministro Edison Lobão foram feitas nas últimas duas semanas em busca de uma solução. O tema é considerado delicado, já que a presidente garantiu aos empresários brasileiros uma maior presença nacional no processo. O principal problema é de prazo: na área de cessão onerosa, a Petrobras precisa extrair 5 milhões de barris para pagar ao governo pela sua capitalização até 2014. Nesse prazo, não há como fabricar sondas no país. Além disso, Gabrielli disse a interlocutores que os preços praticados no mercado interno são um problema: uma sonda, por exemplo, custa cerca de US$ 1 bilhão no Brasil. Lá fora, paga-se 30% menos. Por conta desses entraves, a Petrobras já encomendou no exterior parte das 28 sondas que vai utilizar. A regra atual exige que, para equipamentos de perfuração, o índice de nacionalização comece em 55%, passe a 60% em uma etapa intermediária e chegue a 65% nas encomendas finais. A Petrobras afirma que não há negociação para reduzir os índices e diz que não há atraso no cumprimento das metas no que diz respeito ao conteúdo nacional. Por e-mail, a estatal informou que medidas de incentivo à indústria nacional estão sendo intensificadas, mas confirmou que há o problema de prazo na exploração da cessão onerosa com equipamentos nacionais. A possibilidade de recuo na decisão de dar mais espaço às empresas nacionais na exploração do pré-sal abriu crise no meio empresarial. O presidente da Abinee (associação da indústria elétrica e eletrônica), Humberto Barbato, diz que é estranho que a Petrobras tenha essa postura, já que o fortalecimento da indústria nacional foi bandeira do governo Lula e é defendido por Dilma. "Provavelmente a Petrobras quer se beneficiar de um câmbio favorável e comprar no exterior. Mas não acredito que o governo apoie isso." Fonte: Folha de São Paulo Data:24/01/2.011 Setor: Petróleo Fonte:Brasil Econômico / Nivaldo Souza
Usiminas também cria mecanismos de aproximação com universidades. Ao direcionar capital para centros de tecnologia, elas buscam garantir pessoal qualificado O Brasil ainda ensaia uma sinergia consistente entre universidades e empresas, em parte devido à falta de canais de comunicação. Para contornar o impasse, tendo em vista o déficit de mão de obra capacitada, a iniciativa privada começa a investir em infraestrutura de pesquisa — a exemplo de Alemanha e Estados Unidos, modelos no assunto empresa-escola. Por aqui, essa aproximação parte da convicção de que o Estado não conseguirá formar sozinho os técnicos necessários. “Por mais que o governo invista, o Brasil não consegue formar todos os profissionais que precisa. Podemos cruzar os braços ou ser proativos”, diz o diretor de tecnologia da Vale, Luiz Mello. A constatação levou à elaboração de um programa de bolsas de estudos para mestrandos e doutorandos. O projeto está orçado em R$ 120 milhões, com verba de fundações de amparo a pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Pará (Fapespa) e São Paulo (Fapesp). O montante financiará 85 projetos selecionados entre 276 propostas. A iniciativa integra o plano estratégico da Vale de desenvolver novos processos para mineração, sustentabilidade e energia. O aporte soma-se ao projeto maior da mineradora, que reserva outros US$ 300 milhões para construir três institutos de tecnologia. Um dos focos será pesquisar o uso de novas fontes de energia, a partir do movimento das marés, eólica ou nuclear. Isto porque a Vale é a maior consumidora privada de energia do país, tendo atingido 12,4 mil terawatts (TWh) em 2009 — o suficiente para abastecer por um ano uma cidade com 4,5 milhões de habitantes. “A Vale considera a possibilidade de uma expansão no setor de energia, um mercado muito interessante no qual queremos nos posicionar melhor”, diz Mello. O próximo passo será elaborar cursos de pós-graduação para mestres e doutores. A empresa discute o modelo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação. Para, em seguida, desenvolvê-los nos núcleos do Instituto de Tecnologia Vale (ITV). “Pretendemos dar a entrada na Capes ainda neste ano”, afirma Mello. Outras iniciativas A Petrobras também atua junto a universidades para formulação de grades curriculares de cursos de pós-graduação — além de tocar 50 linhas de estudos coordenadas pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), instalado na Ilha do Fundão (RJ). A petrolífera mantém ainda o Redes Temáticas, projeto focado em criar infraestrutura laboratorial, capacitar pesquisadores e tocar pesquisas. “A maior parte dos investimentos em infraestrutura foi concluída. O nosso foco agora é desenvolver recursos humanos”, diz Carlos Tadeu Costa Fraga, gerente-executivo do Cenpes. Os recursos partem de resolução de 2006 da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que estabeleceu o repasse de 1% do faturamento com exploração para pesquisa e desenvolvimento (P&D), sendo obrigatória a aplicação de 50% fora da Petrobras. A medida deve injetar R$ 400 milhões anuais em projetos externos. A resolução da ANP patrocinou a ampliação do Cenpes, concluída em 2010, transformando o centro no quarto maior núcleo de inovação do globo. O local ganha agora projeção maior com a instalação de General Eletric, Halliburton, Tenaris Confab, FMC Technologies, Baker Hughes e Schlumberger. Essas empresas migram para a Ilha do Fundão atraídas pelo pré-sal. Esse mesmo interesse norteia a decisão da Usiminas de criar no Rio uma divisão de seu centro tecnológico de Ipatinga (MG). A siderúrgica coloca R$ 29 milhões no núcleo, em parceria com a UFRJ, para desenvolver aço para as indústrias naval, óleo e gás. “Será um centro focado em engenharia de aplicação. Ou seja, novas formas de aplicar o aço nesses segmentos”, diz o diretor de inovação Darcton Damião. O passo seguinte será atrair pesquisadores para projetos de inovação aberta. A empresa negocia o repasse de verbas públicas para financiar bolsas de estudos em metalurgia avançada. “Queremos fazer uma captação externa maior. Até 2009, a Usiminas usou recursos próprios para pesquisa”, diz o diretor. Fonte: Brasil Econômico
Petrobras anunciou que pretende colocar em operação até o fim de fevereiro uma nova plataforma de serviços de manutenção e segurança (UMS). Batizada Cidade de Arraial do Cabo, ela dará apoio logístico às unidades de produção que operam na Bacia de Campos. Inicialmente, dará suporte à plataforma PCH-1, localizada no campo de Cherne. A empresa declarou também que pretende ampliar, ainda neste ano, sua estrutura de apoio logístico, com a incorporação de outras unidades similares. Plataformas do tipo têm como principal tarefa o prolongamento da vida útil de plataformas de produção. Com comprimento de 109 metros e 36 metros de largura, é comparável a um estaleiro móvel, com oficinas mecânicas e elétricas, áreas de pintura, caldeiraria e alojamentos com refeitório. Acomoda até 350 profissionais a bordo. Com a nova plataforma, a Petrobras dá continuidade às campanhas de manutenção iniciadas em 2006, quando entrou em operação a UMS Cidade de Armação dos Búzios. Ela já realizou reparos nas plataformas de Garoupa e Pampo e hoje dá assistência a plataforma de Enchova. Fonte: Folha de S.Paulo
Data: 15/12/2010 Mesmo depois de ter parte de suas operações nacionalizadas na Bolívia, em 2006, a Petrobras anunciou ontem novos investimentos no país vizinho, com a compra dos direitos de exploração de 30% do campo de Itaú, que pertenciam à francesa Total. O objetivo é expandir a produção de gás para atender ao mercado brasileiro, dependente de importações até a extração em larga escala das reservas do pré-sal. O campo de Itaú fica perto das áreas produtoras da Petrobras no sul da Bolívia. O valor do negócio não foi revelado. Tampouco foi informado o ritmo de expansão da extração de gás no país vizinho, que caiu por conta da crise, mas está em recuperação desde o início de 2010. Para o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o investimento no campo de Itaú tem como principal objetivo impedir a queda da produção de gás no país vizinho, que exporta até 30 milhões de metros cúbicos/dia do produto para o Brasil -há um contrato de fornecimento entre os países até 2019. Questionado sobre o risco político de investir na Bolívia (país que sob o mesmo governo de Evo Morales já nacionalizou ativos da Petrobras e colocou tropas do Exército, em 2006, em campos da companhia), ele tergiversou. Segundo Gabrielli, a estatal sempre disse que faria os investimentos necessários para manter o nível de produção capaz de suprir a demanda no Brasil. PRODUÇÃO DE ÓLEO A Petrobras estima que sua produção de petróleo no Brasil crescerá, em 2011, de 3,5% a 4% -o que corresponde a uma expansão, em volume, de cerca de 80 mil barris/dia frente à produção atual, que oscila na casa de 2 milhões de barris/dia. Analistas preveem, porém, que na média do ano a produção ficará pouco abaixo dos 2 milhões de barris e distante da meta traçada no começo do ano de extrair 2,050 milhões de barris, em decorrência de paradas de plataformas não previstas. Segundo o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, a extração de óleo em campos nacionais chegará ao final deste mês entre 2,020 milhões de barris/dia e 2,030 milhões de barris/dia. O diretor disse ainda que a estatal divulgará sua meta para 2011 nos próximos dias e que ela vai prever uma faixa de produção, e não mais um número exato a ser atingido. A maior parte do aumento da produção no ano que vem se dará ainda na bacia de Campos e em algumas áreas fora do pré-sal, que passará a ter mais importância a partir de 2014. |
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Junho 2011
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