"O combustível desse processo veio dos mercados emergentes", explicou Luiz Cláudio Campos, sócio da consultoria para a área de transações. O estudo da E&Y mostra que as aquisições feitas em mercados emergentes somaram US$ 49 bilhões, 43% do volume total. "As companhias localizadas nessas regiões estão tendo um papel preponderante em aquisições mundo a fora."
Em 2010, o valor médio das transações fechadas por empresas de países emergentes foi US$ 155 milhões, bem acima da média registrada em países desenvolvidos, US$ 80 milhões.
Campos acredita que haverá novamente uma grande concentração de operações em mercados emergentes, especialmente na América Latina, Ásia e África, que se tornou uma nova fronteira mineral. "Esse é um caminho que vai se tornar evidente nos números de transações", disse.
Nesse cenário, o Brasil tem participação de destaque. Companhias nacionais estiveram presentes em sete dos 20 negócios realizados em 2010, sendo que em seis as brasileiras lideraram o processo. Juntas, as operações somaram US$ 14,688 bilhões. A maior foi a compra da Bunge pela Vale, por US$ 3,8 bilhões.
"Nós temos um papel de destaque, fazendo negócios no mercado global", disse. Para o executivo, 2011 será um ano mais forte no segmento de fusões e aquisições, com o setor passando por um período de consolidação. A disparada no preço do minério de ferro e das matérias-primas metálicas tem alimentado o interesse das companhias de ganhar escala.
Fonte: DCI
Data: 02/03/2011